Eu gosto dos venenos mais lentos
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes
e tenho
apetites vorazes
uns rapazes
que vejo
passar
eu sonho
os delírios mais soltos
e os gestos mais loucos
que há
e sinto
uns desejos vulgares
navegar por uns mares
de lá
você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso
eu adoro voar.
Bruna Lombardi
Blog criado para o cumprimento de atividade da disciplina "Projeto Pedagógico Utilizando Ambientes Interativos Virtuais", do Curso de Especialização em Tecnologias em Educação promovido pela PUC-RJ, que objetiva promover a formação continuada dos docentes no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs -no Ensino Fundamental e no Ensino Médio das redes públicas, para melhoria progressiva da qualidade da Educação Básica.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Cio
te dar um beijo na boca
o meu amor não tem pudor, nem acanhamento
não tem paciência, não aguenta mais
a urgência do desejo
e eu te olho, te olho, te olho
como se dissesse.
Penso, ele há de perceber, me encosto um pouco
espero um gesto, um sinal, uma atitude
que eu possa interpretar como resposta
uma indicação
mas você é um homem sério e continua
se escondendo atrás dessas teorias
e nem te brilha no olho uma faísca de tentação.
ai, que aflição
pensar no que eu faria
se pudesse
desejo que não acontece
fica parado no peito
ai, vira obsessão.
(Bruna Lombardi)
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Calem a boca, nordestinos!
A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!
José Barbosa Junior
Fonte: http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=204&Itemid=26
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Saudade
Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)
(Antônio Gonçalves da Silva)
Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.
Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.
Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.
Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.
A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.
Mestre
Mestre, meu mestre querido,
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstracta e visual até aos ossos.
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjectiva...
Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escrevo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!
Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjectivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas porque é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter alma com que a ver clara?
Porque é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Porque é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Porque é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?
Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!
Feliz o homem marçano,
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstracta e visual até aos ossos.
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjectiva...
Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escrevo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!
Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjectivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas porque é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter alma com que a ver clara?
Porque é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Porque é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Porque é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?
Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!
Feliz o homem marçano,
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.
In Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
Antologia Poética (Ulisseia Ed.)
Antologia Poética (Ulisseia Ed.)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Angicos-RN, 03 de setembro de 2005
"É por isso que nós todos aqui, do mais velho ao mais novo, precisamos render as nossas homenagens ao mais importante educador brasileiro, o nosso querido companheiro Paulo Freire. Paulo Freire que, certamente, pela bondade que carregava no coração, deve estar lá no céu olhando para todos nós e dizendo assim: "finalmente os meus meninos tomaram juízo, finalmente os meus meninos acreditaram que investir na educação é a solução para o Brasil e para o mundo". E que não há hipótese alguma de qualquer país do planeta chegar a se transformar num país desenvolvido sem que antes a gente invista maciçamente na educação brasileira, com educação de plena qualidade". (Discurso do Presidente Lula: 2º aniversário do programa Petrobras Fome Zero e certificado aos alunos do projeto Mova Brasil - Angicos/RN)
Entidades lançam carta com metas de educação para novo governo
Organizações da sociedade civil e entidades da área da educação lançaram nesta terça-feira uma carta-compromisso que será entregue aos candidatos a presidente e a outros cargos eletivos. O documento reúne algumas metas que esses grupos esperam que sejam cumpridas pelo próximo governante para melhorar a qualidade da educação. Entre elas está investir um mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área até 2014. Hoje o país investe em torno de 4,7% do PIB, segundo o Ministério da Educação (MEC).
A carta é assinada por 26 entidades e reúne sete desafios prioritários, como a erradicação do analfabetismo, a ampliação das matrículas no ensino superior e profissionalizante e a universalização do atendimento em creches para crianças até 3 anos de idade.
O nível de escolaridade da população brasileira é baixo e desigual. A luta por uma sociedade com muito mais justiça e igualdade exige a mobilização de toda a sociedade brasileira para que a educação ocupe o lugar central em todas as urgências que se impõem para o Estado brasileiro. Nós avançamos muito em educação nos últimos anos, mas ainda é muito pouco, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Antonio Carlos Ronca.
O documento, que foi lido por alunos do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, de Brasília, recomenda ainda a institucionalização do Sistema Nacional de Educação. Ele seria a forma de garantir um regime colaborativo entre a União, os estados e municípios para oferecer uma educação de qualidade. Para efetivar esse sistema, foram determinados quatro compromissos fundamentais: a ampliação adequada do financiamento, ações para promover a valorização dos profissionais da educação, a promoção da gestão democrática e o aperfeiçoamento das políticas de avaliação.
A ideia é que a carta-compromisso seja apresentada não só aos presidenciáveis, mas a todos os candidatos a cargos eletivos, segundo Ronca. Um grupo de representantes dessas entidades já está trabalhando para organizar essa segunda fase do projeto.
Não basta dizer que tem compromisso com a educação, isso é fácil dizer. Nós precisamos de propostas bem concretas que permitam que o país dê esse salto na educação, avaliou o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny. A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Marie-Pierre Poirier. Ela acredita que a experiência da carta pode servir de exemplo para iniciativas semelhantes em outros países.
A carta estará disponível no site de todas as entidades que a elaboraram. São elas: Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores de Estabelecimentos de Ensino (Contee), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Movimento Todos Pela Educação, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
Pergunta de Partida
Após escolher o tema: "Planejamento de Formação dos Professores para o uso das mídias", a minha pergunta de partida é: Como os professores avaliam a contribuição do curso 40 Horas “Introdução à Educação Digital” ministrado no NTE/Angicos, para o uso das tecnologias em sua prática pedagógica? O curso proporciona habilidades e competências aos professores para início de uma real mudança da sua prática?
Tipo de trabalho: Relatar uma experiência pedagógica realizada pessoalmente por mim, em função de alguma atividade desenvolvida durante o curso, ou por ele motivada.
A sorte está lançada, agora é pesquisar, ler bastante, mãos à obra.
Ah, hoje "conheci" Roland Barthes, um escritor, sociólogo e filósofo francês, através desta pérola: “Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem, creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo na própria encruzilhada de sua etimologia: sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível”.
Perfeito!!!!
sábado, 28 de agosto de 2010
10 Dicas Para Você Escrever Um TCC
Como estou andando às cegas (ainda não sei quem será o orientador, ainda não formulei minha pergunta de partida), buscando, pesquisando, tentando encontrar um caminho, um norte, para o início do meu TCC, leio muito, para filtrar o que considero mais interessante, viável para o meu estudo. Vou adicionando os sites que considero importantes, textos de professores que, como eu, já passaram por essa agonia pré-TCC, etc. Eis que nesta busca deparo-me com um texto que não poderia deixar de compartilhar com os colegas de curso e quem sabe até com alunos de outras turmas e de outros cursos. Não tenho a menor dúvida de que são dicas a serem realmente seguidas e que darão resultados. Leiam, é como dizemos aqui no Nordeste: sem parêia.
10 Dicas Para Você escrever Um TCC (por Isaias Malta – do blogpaedia - http://www.blogpaedia.com.br)
Quem faz algum curso universitário, especialização, pós-graduação, etc., chega ao momento inevitável da escrita do famigerado TCC, Trabalho de Conclusão de Curso. Por falta de tradição de leitura, estudo e organização, as pessoas sofrem muito cometendo erros toscos, até que, na base da tentativa e erro, acabam finalizando a escrita à custa de dolorosos esforços. Para poupar sofrimento, você pode seguir algumas dicas simples de quem já sofreu na pele “A maldição do TCC” e chegou vivo do outro lado do túnel, a temível banca.
1 – Dica de Ouro: O TCC começa pelo referencial teórico e termina no referencial teórico. Portanto, desde o primeiro instante em que você começa a ler o primeiro livro, tenha sempre à mão uma caneta e um papel. Vá anotando minuciosamente tudo o que achar interessante numa lista incluindo título do Livro, página e citação. Você vai descobrir depois que esta dica simples representa 50 % do trabalho. Isto vai evitar um problema comum na feitura de TCCs: o sumiço de coisas interessantes já lidas;
2 – Leia outros TCCs similares ao seu, mas jamais copie, pois o risco de ser descoberto é enorme e também não pague outra pessoa para escrever seu trabalho. Lembre-se que você vai ter que defendê-lo no final e se a estrutura mental não é sua, a banca vai perceber, mesmo você tenha conseguido enganar o seu orientador;
3 – Faça arquivos separados para cada item. Comece abrindo o arquivo de bibliografia e vá listando nele a sua bibliografia escolhida dentro das normas da ABNT;
4 – Caso o seu orientador não tenha disponibilidade, peça para alguma pessoa ler o seu trabalho. Isto evita que você caia em aporias, momentos de buraco negro que dão a impressão de que não há mais condições de prosseguir;
5 – A escrita do TCC exige imersão, se você não pode dedicar bastante tempo a ele, jamais vai conseguir concluí-lo. Então, excepcionalmente, mude seus hábitos de vida e consiga o tempo necessário;
6 – Esqueça a introdução até ter o trabalho concluído. Depois que estiverem prontos os capítulos e a bibliografia, escreva a sua introdução e por fim, o resumo;
7 – Atenha-se ao seu objeto e não tente abraçar o mundo. É uma mania comum querer abraçar muitos temas concomitantemente. A banca vai cobrar muito mais a dispersão do que o excesso de foco;
8 – Não seja tão prolixo no seu número de páginas. As pessoas que apresentam trabalhos muito grandes tendem a ser repetitivas. Você não vai conseguir impressionar a banca pelos quilogramas de papel;
9 – Evite escolher como orientador algum “figuraço”, aqueles professores cheios de fama e cargos, porque você vai descobrir que poderá contar muito pouco com ele ao longo da jornada de gestação do TCC. Se o seu orientador tem trabalhos publicados na sua área de abrangência, não se sinta acanhado de citá-lo, pois além de não ser puxa-saquismo, é uma deferência muito bem aceita pelas bancas;
10 – Como falado anteriormente, o trabalho deve ser escrito em partes, para que você não se perca na ansiedade do todo, porém cada parte deve se articular num todo. Quem vai “soldar” os pedaços é a conclusão. As bancas costumam se debruçar bastante nas conclusões e no referencial teórico, portanto não deixe a peteca cair no clímax, pois a conclusão vai sintetizar todo o seu aprendizado.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Professor, como o senhor quer ser lembrado?
"Eu gostaria de ser lembrado como um sujeito que amou profundamente o mundo, as pessoas, os bichos, as árvores, as águas, a vida".
Caricatura de Claudius Ceccom representando o amor e o respeito de Freire pela natureza.
(Depoimento dado a Edney Silvestre, em NY, abril de 1997, publicado em seu livro Os Contestadores...e transcrito no livro de Paulo Freire, Pedagogia da Intolerância, p XX, organizado e apresentado por Ana Maria Araújo Freire.)
Tema para o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Olá...
Estamos na reta final do curso, onde temos que escolher o tema do TCC e como estou trabalhando com a formação dos professores no NTE/Angicos, a meu ver é mais significativo desenvolver o TCC investigando o tema que mais me chama a atenção, desperta mais interesse, que é “Planejamento de formação dos professores para o uso das mídias”. Espero com isso contribuir para o planejamento e a execução de ações que possibilitem aos professores utilizarem, com efeito, as novas TICs na sala de aula, oportunizando com isso uma educação de maior qualidade.
Avante!!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Canção Óbvia - Paulo Freire
Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens.
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso esperar, na forma em que esperas,
porquê esses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque esses, ao anunciar-te ingenuamente,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.
(Charge: http://novacharges.files.wordpress.com/2008/10/paulo-freire.jpg?w=450&h=611)
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